Projetos-piloto
INFORMAÇÕES GERAIS
A partir da fotografia situacional revelada na primeira fase do projeto, é hora de testar modelos de cuidados específicos às doenças do sono em projetos-piloto que favoreçam a população e sejam viáveis economicamente a partir de protocolos bem estabelecidos.
Nesta segunda fase do Projeto Hermes Brasil, após a análise dos dados coletados na primeira parte do projeto, cinco centros médicos especializados em medicina do sono serão escolhidos para a realizarem projetos-pilotos com seus pacientes.
A ideia é que todos realizem ensaios clínicos bem desenhados, testes de equipamentos e, por fim, façam uma avaliação minuciosa dos desfechos, para ajudar o projeto a entender qual é a melhor prática de cuidados a partir do diagnóstico situacional da população já desenhado.
O intuito é que todas essas informações repassadas possam ser a base científica para definir um protocolo de tratamento unificado e economicamente viável para o atendimento às doenças crônicas do sono.
Nesta fase, os cinco centros irão seguir um protocolo de pesquisa bem delimitado e que seja capaz de unir a opinião pública, o poder público e profissionais de Saúde especializados em medicina do sono. Com isso, no próximo passo do projeto, será possível oferecer a todos uma plataforma de informações confiáveis sobre o tema e com uma distribuição acessível.
PROTOCOLOS ESTADUAIS
Nos centros onde já exista uma pactuação prévia dos atendimentos oferecidos com os protocolos estaduais vigentes essas informações serão levadas em conta e farão parte dos projetos-piloto.
Todos os protocolos estaduais serão avaliados e, dentro do possível, integrados como parte das orientações de intervenção desenhadas para essa etapa dos projetos-piloto para que o estudo seja conduzido de maneira adequada.
JUDICIALIZAÇÃO
Neste ponto do Projeto Hermes, as informações e dados apontados na etapa de diagnóstico situacional servirão como base para entender a diferença no tratamento de pessoas que recorrem a processos judiciais por conta de doenças crônicas do sono pelo SUS.
Sendo assim, os projetos-piloto irão ajudar a identificar propostas que poderão ser implementadas com sucesso no setor público, tomando como premissa a equidade no acesso da população ao diagnóstico e tratamento.
CUSTO-EFETIVIDADE
Espera-se que dentro de um período de um a dois anos, seja possível observar mudanças que impactem tanto no custo do sistema de Saúde para os órgãos públicos quanto na efetividade dos tratamentos para a população em geral.
Com a expansão do projeto para os cinco centros de saúde, será viável criar uma linha de cuidado efetiva, capaz de organizar o fluxo de pacientes e minimizar a demora para conseguir acesso a exames diagnósticos e tratamentos oferecidos pelo SUS. Mas para que esta fase se mostre assertiva, é importante levar em consideração uma análise de microcusteio, bem desenhada para embasar tecnicamente a decisão.
Fontes consultadas: Alan Eckeli, neurologista especializado em Medicina do Sono; Daniela Pachito, neurologista e neurofisiologista clínica, especialista em medicina do sono; Douglas Graciano da Silva, gerente de Acesso ao Mercado na ResMed e Luciano Drager, médico cardiologista especialista em Medicina do Sono.